Buscar formas de sanar as demandas de produtores de açaí do entorno de florestas nacionais situadas na região da BR-163 (rodovia Cuiabá-Santarém) é um dos objetivos do Serviço Florestal Brasileiro e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Os dois órgãos e os demais integrantes do Grupo de Trabalho da Flona Itaituba I promoveram um diagnóstico participativo da atividade.
As cinco oficinas realizadas em abril, que contaram com mais de 120 comunitários dos municípios paraenses de Itaituba e Trairão, mostraram que o aspecto legal é um dos principais desafios a serem superados. Há falta de informação sobre os procedimentos que devem ser feitos para legalizar a produção de palmito e há necessidade de mais apoio, fomento e assistência técnica para o plantio da espécie.
Os envolvidos na produção também apresentam problemas no que se refere a sua organização e representação. Entre outras questões observadas estão o distanciamento dos órgãos licenciadores da atividade, a falta de energia elétrica, as condições das estradas vicinais e a regularização fundiária.
A iniciativa ajudou a aproximar os órgãos ambientais dos moradores da floresta. "O evento divulgou a ação do Instituto e a nossa presença nas comunidades também contribui para divulgar as ações do órgão e melhorar o diálogo entre os gestores e comunitários do entorno das unidades de conservação (UCs)", diz a analista ambiental do ICMBio Maria Jociléia Soares da Silva, da Floresta Nacional Itaituba I.
INFORMAÇÕES - O açaí vem sendo utilizado nos municípios do oeste paraense em especial na produção de palmito em conserva. A exploração sustentável dessa palmeira é vital para a geração de renda e para a manutenção da floresta em pé.
O diagnóstico contou com integrantes das comunidades Três Bueiras, Vila Planalto, Bela Vista do Caracol, no município de Trairão, Campo Verde (km 30) e Monte Dourado em Itaituba, que manejam o açaí no entorno das Florestas Nacionais (Flonas) Itaituba I, Itaituba II e Trairão.
As oficinas tiveram ainda a presença do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), integrantes dos conselhos consultivos das Flonas Itaituba I e Trairão, Cooperativa Mista Agro Extrativista do Caracol (Coopamcol), a Igreja Católica do Campo Verde a associação comunitária da comunidade Três Bueiras e da Vila Planalto. As vilas Tucunaré e Jamanxim também enviaram representantes.
A iniciativa teve o apoio do Projeto BR-163 - Floresta, Desenvolvimento e Participação, executado pelo Ministério do Meio Ambiente com o apoio técnico e a gestão financeira da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (ONU/FAO Brasil) e recursos doados pela Comissão Européia.
Com informações de Sílvia Marcuzzo/ Projeto BR-163.
Disponível em: http://www.florestal.gov.br/
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