quinta-feira, 25 de agosto de 2011

AÇAÍ – Resumo do diagnóstico participativo sobre o uso do açaí nativo e plantado no Território da BR 163


O açaí (Euterpe oleracea Mart.) é uma espécie que vem sendo amplamente utilizada em todo o país. A espécie está inserida na lista de Produtos da Sociobiodiversidade e polpa tem garantia de preço mínimo. O açaí vem ganhando diversos incentivos do governo na produção e comercialização. Considerando a importância social e econômica da espécie para a região da BR 163 realizou-se um diagnóstico participativo sobre o uso do açaí nativo e plantado em cinco comunidades do entorno das Florestas Nacionais de Itaituba I, II e Trairão (Três Boeiras, Vila Planalto, Bela Vista do Caracol, Monte Dourado e Campo Verde). O objetivo foi levantar informações sobre o manejo, técnicas, limitações ou dificuldades, potencialidades e demais aspectos relevantes em relação ao uso do açaí. Para realizar o diagnóstico foram aplicadas três ferramentas de trabalho em grupo: a) Linha da vida; b) Matriz FOFA (Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças); e c) Desenho coletivo do ciclo do trabalho. Como resultado das oficinas observou-se que os principais pontos positivos em relação ao uso do açaí são: recurso natural abundante na região, alimentação para a família e animais, a extração aumenta a produção do açaizal, a espécie promove o desenvolvimento econômico e social e há mercado consumidor promissor (palmito e fruto). As comunidades apontaram as seguintes possibilidades e demandas: instalação de palmiteiras e de despolpadeira, incentivo para plantio de açaí, melhoria da renda da comunidade, produção legalizada, melhoria da auto-estima do trabalhador, fortalecimento de cooperativas e associações, entidade atuante que represente a classe, realização de cursos de artesanato, manejo e legislação ambiental, inserção da polpa do açaí na merenda escolar e distribuição de sementes. No diagnóstico verificaram-se as seguintes fraquezas/dificuldades/ameaças: falta de legalização do palmito; falta de terras próprias e de regularização fundiária; escassez de recursos financeiros para o plantio de açaí; falta de orientação técnica; dificuldade para o transporte tanto pelas condições das estradas como pela fiscalização dos órgãos ambientais; falta de energia elétrica; necessidade de atravessador para comercializar; muita burocracia para legalizar; dificuldade para armazenar, processar, transportar e comercializar os produtos do açaí; necessidade de apoio/incentivo do governo; invasão dos lotes para extração ilegal de palmito; organização comunidade deficiente; desequilíbrio ecológico com a exploração desordenada do palmito; dificuldade para conseguir a nota do produtor; necessidade de educação ambiental; pouco apoio governamental para projetos de manejo; e estradas em condições inadequadas para escoamento. Os principais acontecimentos registrados nas comunidades foram: de 1985 a 1993 houve o início da extração de palmito nas cinco comunidades. A primeira fábrica da região foi instalada em Miritituba (1998) e hoje cinco palmiteiras estão em funcionamento na área de estudo. As invasões dos açaizais começaram em 2005. Os fatores históricos mais marcantes registrados pelas comunidades foram: a queda no setor madeireiro, a criação das unidades de conservação, a abertura de vicinais, o fechamento de fábricas, a recuperação das estradas, a doação de sementes de açaí (BRS/Pará, desenvolvido pela Embrapa em 2006). A extração geralmente é feita pelos homens da comunidade e as mulheres participam do beneficiamento. O diagnóstico possibilitará futuras ações do governo, em conjunto com a comunidade, para buscar formas de sanar as demandas identificadas e para promover o uso sustentável da espécie na região.

REALIZAÇÃO: Grupo de Trabalho sobre manejo de açaí dos Conselhos Consultivos das Flonas Itaituba I e Trairão.

Para acessar relatório completo favor solicitar através do email: codeterbr163@hotmail.com

sábado, 13 de agosto de 2011

IPAM realiza a 2ª Oficina Sobre REDD+ do Território BR 163.


O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM irá promover a 2ª Oficina Sobre REDD+ do Território BR 163

A oficina tem os seguintes objetivos:

  • Rever os conceitos fundamentais de mudanças climáticas e REDD
  • Conhecer as tendências de REDD no Brasil
  • Discutir REDD no contexto do desenvolvimento territorial da BR163
  • Discutir a estrutura e definir os próximos passos da Comissão de Ações Socioambientais da BR 163 – CASA BR 163

    Data: 16 e 17 de Agosto de 2011 - 08:00 às 18:00 horas.

    Local: Casa Familiar Rural – Rurópolis, Pará.

    Apoio: SEMAG Rurópolis e CFR Rurópolis

    Fonte: Edivan Carvalho - IPAM


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Parque Nacional do Jamanxim

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio divulga

Campanha de Sensibilização e Mobilização para Criação do Conselho Consultivo

Objetivos de criação e localização do PARNA

O PARNA do Jamanxim é uma unidade de conservação federal de proteção integral criado pelo Decreto S/N de 13 de fevereiro de 2006 com o objetivo de preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. Possui uma área aproximada de 860 mil hectares, abrangendo os municípios de Itaituba e do Trairão.

O PARNA do Jamanxim se localiza ao longo da BR-163, interceptado pela rodovia em um trecho de aproximadamente 80 km. Em sua área de entorno estão as comunidades de São Francisco, Vila Aruri, Três Bueiras, Santa Luzia e Vila Planalto. Além dessas, destacam-se também os Distritos de Moraes de Almeida e Jardim do Ouro. As unidades de conservação vizinhas são as FLONAS Altamira, Itaituba I, Itaituba II, Trairão, a APA do Tapajós e a RESEX Riozinho do Anfrísio.

Grande Corredor Ecológico

A área do PARNA do Jamanxim é considerada de extrema importância para conservação da biodiversidade da Amazônia Legal, uma vez que a unidade foi projetada para ser um grande corredor ecológico que une os mosaicos de áreas protegidas das bacias do Tapajós e do Xingu, totalizando o maior conjunto de terras protegidas do Brasil.

O que é o Conselho Consultivo?

É um órgão colegiado legalmente constituído e vinculado ao ICMBio, cuja função é ser um fórum democrático de valorização, controle social, discussão, negociação e gestão de unidades de conservação, incluída sua zona de amortecimento ou área circundante, para tratar de questões sociais, culturais, econômicas e ambientais que tenham relação com a unidade de conservação.

Gestão Participativa

A criação do Conselho Consultivo é o principal meio para a efetivação da gestão participativa das unidades de conservação. Desta forma, pretende-se abordar realidades com diferentes visões sobre problemas, atingindo resultados mais aplicáveis.

Quem pode participar?

Entidades que possuem relação com a gestão do PARNA do Jamanxim e representantes de comunidades que se localizam na área de influência da unidade.

Próximos passos para criação

1. Realizar a reunião de criação do Conselho Consultivo, recolhendo documentos para formalização do processo;

2. Redigir e aprovar o Regimento Interno;

3. Estabelecer o Plano de Ação do Conselho Consultivo.

Agenda de Reuniões

• 18/08/2011 (Manhã) – Distrito de Moraes de Almeida;

• 18/08/2011 (Tarde) – Comunidade de São Francisco;

• 19/08/2011 (Manhã) – Comunidade do Aruri;

• 19/08/2011 (Tarde) Comunidade de 3 Boeiras;

• 20/08/2011 (Manhã) Sede Municipal do Trairão – Instituto de Educação;

• 20/08/2008 (Tarde) Sede Municipal de Itaituba – Sala Verde.

Corredeiras do Rio Jamanxim

Foto: arquivo PARNA do Jamanxim.

Para saber mais Contato: Av. Brig. Haroldo Veloso, 975 – Boa Esperança, CEP 68181-030 – Itaituba – PA. FONE: (93)3518-5771

E-mail: parna.jamanxim@icmbio.gov.br - http://www.icmbio.gov.br

Apoio: COOPAMCOL e IPAM

Elaboração: Equipe PARNA do Jamanxim em 2011

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Rebio Nascentes da Serra do Cachimbo forma seu conselho


Em julho encerrou-se, com uma oficina em Novo Progresso/PA, a última etapa do processo de formação do conselho consultivo da Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo (RBNSC). Nesta oficina foram eleitas, de forma participativa, as instituições governamentais e não-governamentais que irão compor este colegiado. Esta oficina foi organizada pelas analistas da unidade Aline Kellermann e Soliana Ribeiro e contou também com a participação de Javan Tarsis, chefe do Parque Nacional do Jamanxim e Felipe Mendonça, Coordenador de Gestão Participativa do ICMBio/Brasília.

O processo de formação do conselho iniciou-se em 2010 com a identificação das entidades com atuação na região da unidade de conservação (UC). Ao todo foram percorridos cerca de 3.000km na BR-163 e BR-230 para realizar as oficinas para promover a importância do colegiado e da reserva. As mesmas iniciaram no começo de abril em Altamira/PA passando por Novo Progresso/PA e encerrando em maio em Guarantã do Norte/MT.

Conforme as técnicas que coordenaram o trabalho, Aline Kellermann e Soliana Ribeiro, a meta foi alcançada. A presença da comunidade ao longo das oficinas foi expressiva, onde houve a participação de várias representações desde agricultores, universidades e órgãos públicos. Aline conta que o processo propiciou um estreitamento nas relações e várias dúvidas foram esclarecidas. Segundo ela, ficou claro que o conselho consultivo é um espaço para comunicação.

A próxima reunião está marcada para o dia 18 de outubro de 2011 no município de Novo Progresso/PA, onde será dada a posse aos conselheiros e construído, de forma participativa, o regimento interno deste conselho.

A Rebio foi criada por Decreto Federal de 20 de maio de 2005, com uma área de 342.477,60 hectares. Está localizada nos municípios de Altamira e Novo Progresso e faz limite com as Terras Indígenas Panará e Menkragnoti. A unidade de conservação protege centenas de nascentes perenes, formadoras de importantes rios das bacias do Xingu e do Tapajós.

Fonte: Aline Kellermann - Veterinária - Analista Ambiental – ICMBio / Chefe Rebio Nascentes da Serra do Cachimbo – Itaituba/PA.

CONVITE Oficina para construção de Plano de Ação Participativo

O Grupo de Trabalho dos Conselhos Consultivos das Florestas Nacionais de Itaituba I e Trairão convida as comunidades a participarem de uma oficina para a elaboração de um Plano de Ação Participativo para organizar e priorizar as demandas identificadas no diagnóstico sobre o açaí.

Comunidade - Local - Data

Comunidade Campo Verde (km30) - Salão da Igreja Católica - 11/08/11

Vila Planalto - Barracão comunitário - 12/08/11

Bela Vista do Caracol - Barracão da Coopancol - 13/08/11

Comunidade Monte Dourado / Vic. Cacau - Escola - 14/08/11

Início das atividades nas comunidades: a partir das 08:00 horas.

Público Alvo: Comunidades e profissionais envolvidos com atividade produtiva do açaí - 25 vagas por comunidade.

INFORMAÇÕES: ICMBio: (93) 3518 5771 Léia, Aline Lopes ou Genice e/ou Serviço Florestal: (93) 3523 4097 (Daniela).

Realização: Grupo de Trabalho Manejo de açaí.

Organização: ICMBio, Serviço Florestal Brasileiro, COOPAMCOL.

Apoio: IPAM, Igreja Católica k 30 e Comunidades envolvidas.