quinta-feira, 9 de junho de 2011

Movimentos sociais cobram maior atuação do poder público nos conflitos agrários

Na tarde do dia 7 de junho, lideranças de movimentos sociais do campo, como o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri), reuniram-se com representantes da Câmara dos Deputados a fim de protestar e reivindicar o fim da opressão aos movimentos sociais no campo.

A reunião foi motivada pela morte de mais dois companheiros extrativistas, o casal Maria do Espírito Santo e José Cláudio Silva, assassinados no dia 24 de maio, na comunidade de Maçaranduba, 50 km do município de Nova Ipixuna, sudeste do Pará. O casal já vinha sendo ameaçado há muitos anos, como tantas outras lideranças que denunciam exploração ilegal de terras e madeira na Amazônia. Muitos vivem com medo e querem abandonar suas terras e suas cidades, por conta das frequentes ameaças.

A repressão contra movimentos sociais no campo é uma bandeira levantada há muitas décadas. Nos últimos 20 anos, apenas no estado do Pará, mais de 700 pessoas foram assassinadas, entre pequenos agricultores, extrativistas e outras lideranças do campo.

O grupo, que esteve em Brasília, reivindicou maior atuação do poder público em áreas de conflito, além da revitalização do assentamento onde o casal assassinado atuava, pois agora o movimento no local está enfraquecido.

A faixa em luto traz o nome de quatro dos vários líderes assassinados: "Eremilton Pereira dos Santos (lavrador), Adelino Ramos (movimento camponês), Maria do Espírito Santo (sindicalista) e José Cláudio Silva (sindicalista). Até quando...?". À direita, compondo a mesa, Joaquim Belo, vice-presidente do CNS.

Simone Mazer / IPAM

Disponível em:
http://www.ipam.org.br/

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